CAMINHOS PARA UTOPIA: TEMPORALIDADES DE TRANSFORMAÇÃO NO MOVIMENTO DOS SEM TERRA

Caminhos para utopia: Temporalidades de transformação no Movimento dos Sem Terra
📅 Quinta-feira, 14/08/25
🕡 18h30
📍 Auditório do Bloco E/Anexo CFH, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
O PPGAS e o GESTO convidam para a palestra “Caminhos para utopia: Temporalidades de transformação no Movimento dos Sem Terra”, do professor Alex Ungprateeb Flynn, da Universidade da California, Los Angeles. Seu último livro, Pathways to Utopia: Time and Transformation in the Landless Workers Movement of Brazil (Indiana University Press, 2025) é fruto de sua tese de doutoramento (Universidade de Manchester) e parte de sua pesquisa foi realizada durante sua estadia como pesquisador em intercâmbio junto ao NAUI (PPGAS/UFSC).
Fundado em 1984, o MST tornou-se referência internacional na luta pela reforma agrária. Em quarenta anos, persiste revigorado: 450 mil famílias assentadas e mais de meio milhão de pessoas com acesso à terra e moradia.
Ainda assim, membros do movimento falam da reforma agrária e do próprio MST como um desejo e uma contradição. O caráter utópico do movimento é discutido, tanto como uma impossibilidade, quanto como uma saída futura, ou seja: um sonho, porém também um dispositivo. Como compreender tais contradições? De que maneira os contornos lineares de uma política utópica se encontram com as formas e fluxos de uma luta geracional continuada que se realiza na terra?
A partir de uma perspectiva etnográfica de longa duração, esta fala examina como produtivas tensões internas entre ideais utópicos e práticas contra-utópicas emergentes contribuem à longevidade do movimento, para além de sua reconhecida forte organização e visão coletiva. Ao longo de quarenta anos, a experiência vivida da luta, diferentemente de uma ruptura performativa, enraíza-se em um tempo que se estende e se dilata por meio das ações corporificadas das comunidades e de sua relação com a terra. Nesse sentido, considera-se que o ativismo não é um ato momentâneo, e sim uma prática relacional e contínua — em que até mesmo as menores ações comunitárias reverberam, transformando as próprias estruturas pelas quais se busca mudar o mundo.
📅 Quinta-feira, 14/08/25
🕡 18h30
📍 Auditório do Bloco E/Anexo CFH, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
O PPGAS e o GESTO convidam para a palestra “Caminhos para utopia: Temporalidades de transformação no Movimento dos Sem Terra”, do professor Alex Ungprateeb Flynn, da Universidade da California, Los Angeles. Seu último livro, Pathways to Utopia: Time and Transformation in the Landless Workers Movement of Brazil (Indiana University Press, 2025) é fruto de sua tese de doutoramento (Universidade de Manchester) e parte de sua pesquisa foi realizada durante sua estadia como pesquisador em intercâmbio junto ao NAUI (PPGAS/UFSC).
Fundado em 1984, o MST tornou-se referência internacional na luta pela reforma agrária. Em quarenta anos, persiste revigorado: 450 mil famílias assentadas e mais de meio milhão de pessoas com acesso à terra e moradia.
Ainda assim, membros do movimento falam da reforma agrária e do próprio MST como um desejo e uma contradição. O caráter utópico do movimento é discutido, tanto como uma impossibilidade, quanto como uma saída futura, ou seja: um sonho, porém também um dispositivo. Como compreender tais contradições? De que maneira os contornos lineares de uma política utópica se encontram com as formas e fluxos de uma luta geracional continuada que se realiza na terra?
A partir de uma perspectiva etnográfica de longa duração, esta fala examina como produtivas tensões internas entre ideais utópicos e práticas contra-utópicas emergentes contribuem à longevidade do movimento, para além de sua reconhecida forte organização e visão coletiva. Ao longo de quarenta anos, a experiência vivida da luta, diferentemente de uma ruptura performativa, enraíza-se em um tempo que se estende e se dilata por meio das ações corporificadas das comunidades e de sua relação com a terra. Nesse sentido, considera-se que o ativismo não é um ato momentâneo, e sim uma prática relacional e contínua — em que até mesmo as menores ações comunitárias reverberam, transformando as próprias estruturas pelas quais se busca mudar o mundo.
auflynn [at] arts.ucla.edu
Alex Ungprateeb Flynn is an Associate Professor at the Department of World Arts and Cultures/Dance, University of California, Los Angeles. Working as an anthropologist and curator, Alex’s practice explores the intersection of ethnographic and curatorial modes of enquiry. Researching collaboratively with activists, curators and artists in Brazil since 2007, Alex explores the prefigurative potential of art in community contexts, prompting the theorisation of fields such as the production of knowledge, the pluriversal, and the social and aesthetic dimensions of form.